Você
vai ler este texto agora e vai pensar: “Nossa! Isso descreve fulano, aquele
folgado!”.
Folgado
é aquele ser descansado, livre de deveres.
Folgada
é aquela gente exploradora, oportunista e acomodada, que gosta de gentileza em
excesso.
É gente
que aproveita do bom coração de outras pessoas, só pensa em si ultrapassa os
limites do bom senso, testando constantemente nossa paciência.
É a
falsa vítima do mundo, um ser ardiloso que traz no olhar uma tristeza fingida.
Aos poucos se torna um folgado profissional, que não suporta seguir regras,
sente-se mais esperto que todos e vive cobrando uma dívida do universo.
Fica
tranquilo. Você não é o único que buscou esse ser aí no pensamento.
Os
folgados estão em toda parte do mundo, sempre a se apoiarem em alguém, a sugar
suas energias, fugindo das responsabilidades e esforços, criando desculpas e
barreiras que os impedem de ser alguém independente.
Mentem
bastante também. Na fala, são eloquentes, sedutores. Seus discursos são moralistas
e cheio de palavras difíceis. Pagam de humildes e, para provar o quanto o mundo
é injusto, vivem nas redes sociais escrevendo textões e gravando vídeos que
mostram seus olhares necessitados, protestando contra algo ou alguém. As almas
mais generosas ainda dão algum crédito.
Trabalhar
que é bom... nada! Os braços são curtos e o coração... Ah, o coração se
regozija com a bondade alheia.
Se
tem alguém para fazer tudo por eles, não compensa o estresse. Pra que acordar
cedo para garantir o pão de cada dia, se tem alguém pra colocar o pão lá?
Entretanto,
chega um momento em que os corações moles também enrijecem e se cansam de
suprir necessidades e desejos desses folgados, que têm neste ‘meio de vida’ a
tônica a alimentar sua falta de vergonha. Estoques de óleo de peroba que o
digam!
A
hora em que a coisa aperta, eles dão uma de insanos.
Coitados!
Precisam de amigos. Amigos que deem carona, bebida, cigarro e que paguem a
conta no final da noite. Precisam de atenção. Atenção que deve vir acompanhada
de um prato fundo de comida quentinha, suco gelado, sobremesa, louça lavada, TV
e sofá para a sesta. Precisam de carinho. Carinho que vem junto de uma cama
quente, uma viagem na faixa e uma grana extra.
Bem...
Pessoas desse tipo são mais espertas do que se imagina. Agem de má fé e têm um
planejamento, certeza. Não atacam sempre os mesmos grupos de pessoas generosas
por medo de levarem nãos.
Caras-de-pau
assim precisam de uma surra de realidade pra perceber que gentileza não é tirar
proveito do outro. Têm que trabalhar pra saber quanto custa o pão, aí, sim, ter
moral pra reclamar do mundo. Ah, e as almas atenciosas precisam ser boas, não
bobas.
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