Bem-aventurados os que usam a internet para
entreter, porque serão eternamente queridos.
Padre Fábio de Melo e Evaristo Costa são mitos
nessa tal de rede mundial de computadores. Divertem seus seguidores com
maestria. O sarcasmo e a ironia de um casam perfeitamente com as sensacionais
tiradas públicas e sinceras do outro. O resultado é surpreendentemente cômico.
De vez em quando eles “trocam troladas”, se cutucam ali - de forma amigável, claro
- e o riso é certo.
Milhares de pessoas deveriam se inspirar nesses
dois ao utilizarem redes sociais, que não foram feitas para serem palco de
lamentos, disseminação de tragédias, sensacionalismos ou inverdades; tampouco
para mostrar a comida que se come. "Postar" a comida é a pior parte.
É o ápice da carência.
Qual interesse da outra pessoa em saber se eu como
macarrão ou arroz com feijão?
O que posso mudar na vida dela postando publicamente minha refeição do almoço de terça-feira? Penso que nada!
O que posso mudar na vida dela postando publicamente minha refeição do almoço de terça-feira? Penso que nada!
Ter um padre - comumente um homem mais reservado –
interagindo com seus fieis seguidores, fazendo piadas e criando personagens
engraçados a partir de aplicativos, é, no mínimo, de se admirar. Ter o padre
Fábio de Melo ali com seu comportamento inusitado, dando o ar de sua graça, mostra
que nem só de pregação vive um sacerdote. Simpático com o povo, nunca perde o
bom humor e não rebate críticas.
Em entrevista já afirmou que precisa ter imunidade
afetiva para não se deixar abater. Ainda que a vontade possa ser responder à
altura, seria, no mínimo, contraditório, no caso dele. A chuva de hipocrisia e
moralismo viria à tona: "Nossa, um padre falando assim?!" Como se o
coitado não fosse um "terráqueo" como nós.
Ver um jornalista famoso dando atenção especial
aos seus tantos fãs já é diferente. Ler o que Evaristo escreve em resposta a
seus milhares de seguidores é hilário e atrativo, tanto pela ironia e
sinceridade nas palavras, quanto pelo contraste com sua realidade na emissora
em que trabalha.
Os internautas provocam e “Eva”, como
carinhosamente chamado nas redes sociais, sempre surpreende a quem o acompanha
com suas alfinetadas diretas.
Há muitos padres que, dentro das próprias
paróquias, estão longe de seu povo, e jornalistas que, na ânsia de verem seu
nome estampado numa notícia bastante lida, perdem seu tempo denegrindo a imagem
do outro.
Os tempos mudaram e personalidades, para estarem
mais próximas do povo, foram para as redes sociais. A diferença é que o padre e
o jornalista citados encontraram o caminho certo para chegarem até as pessoas,
simplesmente sendo quem são fora de suas atividades, usando a cordialidade e o
bom humor. São agradáveis no que fazem e na maneira como fazem. Desta forma,
tornam mais leve a rotina pesada e cansativa, e quebram aquele conceito de
seriedade próprio de um padre e de um jornalista de bancada.
Extrovertidos, descolados e “zueiros”, não afetam
a imagem alheia e ainda conseguem divertir até aqueles que não são fiéis na
igreja católica ou fãs do sistema Globo se comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por sua visita e comentário.
Volte sempre, pois é e será sempre um prazer dividir minhas letras com você!